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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

LIVRO DIGITAL DA NECA MACHADO BASEADO EM PESQUISAS REAIS NA AMAZONIA


MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS (Pesquisas)
(AS PUTAS TAMBÉM ENVELHECEM, ASSIM COMO OS CANALHAS)


CRONICA: " UMA PUTA CHAMADA MILAGRES"

Por:
(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 25 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




“UMA PUTA CHAMADA MILAGRES”


(Milagres acontecem!)

Para ELE (     ) um Don Juan “pé rapado”, caboco que nem tinha estudo, nunca soube o que era um banco de escola, era muito elegante, diziam as mais velhas, gostava de uma calça de tergal bem passada, tinha que ter vinco no meio, camisa de manga longa engomada, brilhantina nos cabelos, e aquele sorriso que encantava no primeiro olhar, um relógio tão grande que parecia uma tigela no braço.
Sua vida não foi um mar de rosas, a família pobre vinda do interior das ilhas do Pará, aportou no Igarapé das Mulheres para fazer escambo numa velha embarcação que metia medo para atravessar o Rio Amazonas em dias de chuva, tremia mais que “vara verde” em vendaval, e ELE (      ) resolveu se aventurar como atravessador, só tinha 18 anos, comprava bananas, açaí, camapu, Piracui, bacaba em caroço, Peixe seco, e trocava nas mercearias das Docas, vendia fiado no início, mas não deu certo, então resolveu que só queria dinheiro vivo mesmo, e baixou os preços, assim, começou sua vida de “comerciante”, enriqueceu, diziam as Pioneiras do Laguinho, depois se transferiu como comerciante para os garimpos do Lourenço e ai, se deu bem.

ELA (    )
Um verdadeiro presente caído do céu.
Para os Puteiros da Velha Macapá, miúda, ar angelical, cabelos de seda como os raios do sol do Equador em época de equinócio, que batiam na cintura, corpo de miss, beleza rara em terras tucujus, os olhos, oh! Que olhos lindos, feitos uma peteca, dizia outra, azuis como a cor do céu. Não gostava de sapatos, vivia descalça feito menina livre em capoeira, os seios, como que saídos de um conto de fada, parece que foi moldado em ninho de beija flor.


ENCONTRO

ENCONTRO entre os dois foi num dia de verão, quente, feito um inferno dizia ELE, (     ) chegou irritado no Puteiro, cansado, cheio de problemas, contas que não acabavam mais, e ainda tinha a família, coitados.
A cafetina logo que o avistou, chamou o Anjo com apenas um sinal do dedo indicador.
ELA como por encanto, realmente o ENCANTOU.
Diziam que era encantada, que virava Mururé.
A irritação dele passou, feito remédio para dor de cabeça. Depois da companhia DELA num quarto de quinta.
O sorriso voltou, mandou tocar sua música preferida, desceu uma rodada de conhaque barato para todos os clientes, e gritou que a conta, era por “conta dele”
Ninguém entendia nada, mas estavam todos felizes.

FOI UM VERDADEIRO MILAGRE.
E a partir daquele dia, o nome da PUTA se tornou MILAGRES.

MILAGRES ACONTECEM, basta escolher o Anjo certo.





sexta-feira, 5 de abril de 2019

CRONICAS DA NECA MACHADO - AMAZONIA

CRONICAS ESPARSAS


CRONICAS ESPARSAS

(Qualquer semelhança, é mera coincidência!)


(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa em 14.09.2018, coautora na obra “ Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)





SOMENTE AS FOLHAS...

          Ladeira abaixo a agua escorria feito uma cachoeira, talvez, lavando almas, talvez levando impurezas, talvez, levando os lixos da própria alma, desnuda pela dor.

E as folhas secas, leves pela desidratação, tornaram-se húmus de uma terra que não lhe pertenceu. Talvez o Homem que catava folhas ao amanhecer tenha tido um amor especial por um lugar, que não o amou.
No molhado inverno, onde as chuvas torrenciais cobrem a Amazônia de um tom de cinza melancólico, ele cerrou os olhos, e ao seu redor também enterraram as memorias. Ninguém lhe trouxe flores, ninguém cantou uma canção fúnebre em sua despedida, em sua lapide nem tem frases icônicas, e seus descendentes continuaram suas vidas fechados em suas cortinas quotidianas sem perceber sua presença física, porque até na vida ele era imperceptível.

No leito de morte, ele recebeu a visita de um conhecido, que não foi reconhecido pelo seu grave estado de morbidez.
Talvez em sua memória uma música tão pobre ecoava na madrugada, como a pobre que colocava a música, e sem perceber, seu maior inimigo o TEMPO, ri risos desmedidos, onde a doença na porta a espera somente para se manifestar.

O esgoto putrefato cheio de bactérias, talvez tenha contribuído para sua contaminação. E na sua ignorância ele nem percebeu que, este sim, era seu maior inimigo, que o levou ao tumulo.
A agua fétida contaminada por fezes descia na manhã de inverno, sorrateira, e desfilava pelo seu último endereço, levando outras tantas, folhas secas depositadas na via pública, porque agora não tinha mais o Homem para cata-las.

Assim é a vida!

Todos os dias, arrogantes, medíocres, falsas estrelas sem brilho, miseráveis da própria miséria humana, contaminados por vaidades e por vírus, bactérias e outros vermes, que os consomem em vida, fecharão seus olhos para a existência terrena, e serão esquecidos, como as folhas secas levadas pela correnteza na época de inverno, um vendaval na Amazônia, que leva e lava sujeiras.
E não haverá em suas lapides, frases memoráveis, nem cantos de despedidas, nem flores imortalizadas por coroas de verdadeiros amigos.

E SOMENTE AS FOLHAS..
..
Continuarão a nascer, cheias de vida, livres ao vento, sem um Homem que as recolha.